quarta-feira, 24 de abril de 2013

13º ENCONTRO ESTADUAL DE CEBS

Compromissos assumidos


Nós, das CEBs Proféticas e Missionárias na Vivência do Reino, nos comprometemos:

- com uma catequese voltada para as famílias, a partir da Bíblia, de forma que na partilha dos bens e na prática da justiça possamos participar efetivamente e chamar novas pessoas para uma maior participação da Igreja na política, nos conselhos municipais, estaduais e federais, na defesa do meio ambiente, das fontes de água e do SUS;

- a aprofundar e fortalecer o estudo da identidade das CEBs, proféticas, missionárias, democráticas e ecumênicas e divulgar e motivar à participação de mais pessoas;

- a assumir a defesa da vida do planeta, buscando um modo de vida sustentável que respeita o meio ambiente;

- com as iniciativas dos excluídos (catadores, indígenas, meninos/as de rua, donas de casa, sem terra, ribeirinhos...) que, com suas experiências, denunciam o modelo capitalista excludente, que gera opressão e exclusão, e apontam para a construção de uma sociedade economicamente justa, politicamente democrática, socialmente equitativa e culturalmente plural;

- a trabalhar para que as Romarias priorizem a mística e a espiritualidade a serviço da vida, alicerçada na escuta da Palavra, do compromisso profético e libertador;

- a promover a Romaria Libertadora da Juventude;

- a promover a formação de lideranças nas comunidades, a partir de uma leitura popular, orante e profética da Palavra de Deus;

- a dinamizar espaços que qualifiquem e sintonizem a vida litúrgica das comunidades com a vida das juventudes, garantindo o protagonismo juvenil, levando ao engajamento e comprometimento com a realidade das/os empobrecidos/as;

- com a organização na base, a partir da esquerda, na luta popular:
* participação da organização e realização dos Gritos dos Excluídos;
* assumir e impulsionar a 5ª Semana Social Brasileira;
* apoiar o projeto de lei de iniciativa popular que visa a criação de uma política nacional da Economia Solidária;
* apoiar a luta contra os agrotóxicos.

- a não medir esforços para superar toda a intolerância existente entre as religiões e construir juntos, a partir daquilo que nos une, a luta pela justiça e pela paz.

- a lutar pela adequação das atuais estruturas da nossa Igreja para que a ela seja um instrumento eficaz a serviço das comunidades, abertas para as juventudes, a festas do povo e sua organização por seus direitos.


Como CEBs, esse jeito de ser Igreja seguidora do Nazareno, queremos testemunhar:
- o caminho da solidariedade em vez da competição,
- da partilha e do consumo ético, em vez do consumismo individualista e do acúmulo sem fim, gestando relações de inclusão, de igualdade, reciprocidade, respeito às diversidades.

Queremos ser no meio dos pobres e como pobres constituídos como POVO e POVO DE DEUS, fermento, sal e luz, ajudando a impulsionar o protagonismo dos que precisam das mudanças, apoiando, incentivando e ajudando a organizá-los para, frente à globalização do capital, construir a globalização da esperança, fundada na solidariedade, com justiça social e ambiental.

                                                                               (Carta do 13º Encontro de CEBs-RS)


COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE Informativo nº 5

COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

27º Encontro da Arquidiocese de Porto Alegre

18 e 19 de maio de 2013 - Bairro Mário Quintana

 “CEBs: Justiça e Profecia a serviço da vida”  

“CEBs: Proféticas e missionárias na vivência do Reino!”.


                  - “Vinde e vede! Coisas novas estão acontecendo. Não estais vendo?”
A Rede de Comunidades da Paróquia Jesus de Nazaré quer acolher a todo/as o/as participantes do 27° encontro das CEBs, que acontecerá 18 e 19 de maio, na festa de Pentecostes. Nossas comunidades ficam no meio de 13 vilas e de uma população aproximada de 45 mil habitantes, como fermento junto à massa e “pequenas sementes do Reino” necessárias para os “grandes frutos”. Há muitos problemas, mas bonitas histórias de luta a partir da organização popular da região.
Com os pés no chão e os olhos fixos em Jesus e seu projeto de vida, o Reino, à luz dos grandes acontecimentos eclesiais que envolvem o peregrinar de nossa Igreja - 50 anos do Concílio Vaticano II, Ano da Fé, Jornada Mundial da Juventude, a eleição do novo bispo de Roma, Francisco -, e sob as bênçãos Jesus de Nazaré, convocamos a todo/as para assumir a preparação do 27° Encontro Arquidiocesano, para que possa nos fortalecer em nossa missão, com a força do Espírito Santo, como discípulo/as missionário/as, no anúncio do “ano da Graça do Senhor”, quando haverá vida e vida abundante para todos e todas. (Pe. Marcelo Junior Klein, msf - pároco)

                                           O TREM DAS CEBs ESTÁ PASSANDO
                                                EMBARQUE VOCÊ TAMBÉM!

O 27º encontro de CEBs começa dia 18, pela manhã, a partir das 8 horas e à tarde estão previstas cinco oficinas, para as quais cada delegado poderá se inscrever com duas opções, ao receber a ficha de inscrição: 1- CEBs e Juventudes; 2- CEBs e a Cidade: Reforma urbana e ecologia; 3- CEBs e engajamento político e social; 4- CEBs e Missão a partir das Comunidades proféticas da Bíblia e 5- CEBs e vivência comunitária da fé.

CEBs: MAS O QUE É ISSO?
- CEBs: Comunidades Eclesiais de Base. É a Igreja em movimento, na base, no meio do povo. E não é um movimento de Igreja, distinta dos demais movimentos.

- Quando nasceram as CEBs? Nasceram com a Igreja, com as primeiras comunidades cristãs, descritas em Atos dos Apóstolos. Este novo jeito de ser comunidade surgiu no Brasil no começo dos anos 1960. Realizou seu 1º Encontro Nacional em Vitória, no Espírito Santo, com o tema “CEBs: uma Igreja que nasce do povo pelo Espírito de Deus”.  Em janeiro de 2014, em Crato, acontecerá o 13º Encontro Nacional, com o mesmo tema do nosso 27º Encontro da Arquidiocese. No RS, o 1º encontro foi em São Gabriel, em 1979. O 13º foi em Santa Maria, julho de 2012.

- Onde acontecem? No meio popular, onde se luta e se celebra a vida. O povo procura a CEB por ser um espaço de humanização, gratuidade, misericórdia e acolhida dos excluídos pela sociedade. A CEB quer ser um espaço de partilha de lutas, sonhos, esperanças e dores. Esta realidade é celebrada nos grupos de reflexão e na oração da comunidade.

- Como se sustentam? As CEBs bebem da fonte da Palavra de Deus refletida, partilhada e celebrada; da Eucaristia, como celebração da Vida; do Serviço da Caridade a exemplo das primeiras comunidades cristãs e do engajamento nas lutas sociais a favor da própria comunidade e dos pobres.

- Qual seu método? O método usado é o “VER-JULGAR-AGIR-CELEBRAR-AVALIAR-RETOMAR”. O método, na verdade, é um caminho de comunhão e participação, seguindo o modelo das primeiras comunidades, em Atos dos Apóstolos. O Documento de Aparecida nos diz que as CEBs são sementeiras de lideranças em nossa América Latina, também chão de mártires, de profetas, de discípulos e discípulas missionário/as que fazem acontecer a Igreja na base.

Vamos lá! Embarquemos no TREM que está passando em nossos Vicariatos, nas nossas Paróquias, nas nossas Comunidades! Como quem encontrou Jesus, convide mais alguém para esta viagem, pois há muito lugar e a missão é imensa e vale a pena.     
                                                               
                               TEMOS PAPA: SEU NOME É FRANCISCO

13 de março e Roma tinha novo bispo: Francisco, para presidir na caridade a nossa Igreja e fortalecer a fé dos irmãos e irmãs. Antes de nos abençoar pediu as nossas orações e a nossa benção, como Povo de Deus, colocando-se a serviço deste povo. Com que emoção e graça, contou como o Cardeal Hummes, franciscano, lhe confidenciou ao ser eleito: “Não se esqueça dos pobres!” Lembrando também as guerras e os desafios do meio ambiente, o nome de Francisco confirmou um programa de vida. “Como gostaria de ter uma Igreja pobre e dos pobres!”, anunciou ao mundo todo na entrevista coletiva.
Que nosso 27º Encontro de CEBs seja parte do esforço em tornar a nossa Igreja, Povo de Deus, Comunidade de Comunidades, testemunha da Justiça e da Profecia a Serviço da Vida, como CEBs Proféticas e Missionárias na Vivência do Reino.

Contatos: Pe. Marcelo: 95785106 – 3389.3009 - msfmarcelus@yahoo.com.br; Berenice: 84961007 -
bfbs@ibest.com.br; Carlos: 8534.0215 - cofcordova@gmail.com; Waldir: 9222.7787 - w.gass@terra.com.br; Maria Helena: 9510.1409 -mhelenadp@hotmail.com.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Pastorais da Juventude lançam cartaz e subsídio para a Semana da Cidadania 2013
Atividade debaterá durante o mês de abril a redução da maioridade penal.
 
A Semana da Cidadania (SdC) ocorre todos os anos, desde 1996 durante os dias 14 a 21 de abril e enfatiza a dimensão sociopolítica como parte do processo de formação integral promovido pelas Pastorais da Juventude do Brasil (PJ, PJE, PJMP e PJR), juntamente com os Centros e Institutos de Juventude, sendo uma de suas três Atividades Permanentes e atividade oficial da Igreja no Brasil.
É uma ação do discipulado missionário de milhares de grupos de jovens e militantes organizados como Igreja nas comunidades, nas escolas, nos meios populares e nas comunidades rurais. É o exercício do anúncio evangélico de vida plena; anúncio engajado na realidade concreta dos sujeitos jovens, comprometido com a reparação das injustiças e com a construção da igualdade social, como sinais do Reino de Deus.
A Semana da Cidadania constitui parte de nosso compromisso apostólico de anunciar e construir vida plena. É um espaço para a convocação de novos grupos de jovens e para despertar para a vida comunitária e é nossa oportunidade, como jovens, de compor a história da construção dos nossos direitos.
Com a proposta de lutar pela vida da juventude e enfatizar a necessidade deste diálogo, é que neste ano de 2013 a Semana da Cidadania abordará a temática Juventude: vidas pela vida” inspirada pelo lema Pastorais da Juventude contra a redução da maioridade penal”.
A defesa da vida da juventude sempre foi pauta dos trabalhos e ações desenvolvidas pelas Pastorais da Juventude, por isso, neste ano em que a Campanha da Fraternidade trabalhou como tema: Fraternidade e Juventude queremos evidenciar ainda mais a defesa da vida, dizendo não à redução da maioridade penal, por entendermos que esta mudança na lei permitirá que mais vidas sejam comprometidas em sua formação integral.
A sociedade, por conta do aumento da participação de adolescentes e jovens em delitos e crimes noticiados diariamente acaba por acreditar que esta proposta responderá a este problema social. Porém, entendemos que somente com a efetivação das políticas públicas, melhorias no acesso à educação, à saúde, ao emprego, ao lazer, etc, permitirão a mudança tão sonhada nos índices de criminalidade que envolve a juventude. Seguindo ao Cristo Jovem, que não temeu os doutores da Lei, também nós, jovens das Pastorais da Juventude, não tememos em dizer que somos contra a redução da maioridade penal.

Materiais
Para fazer download dos materiais da Semana da Cidadania, basta acesso os links abaixo:
·         Subsidio: http://migre.me/dZBGW
·         Cartaz: http://migre.me/dZBJy
·         Banner: http://migre.me/dZBKw
Vamos divulgar e fazer a Semana da Cidadania acontecer em todos os cantos de nosso país!

Atividades Permanentes 2013
Todos os anos as Pastorais da Juventude realizam três Atividades Permanentes, que são parte de sua ação no cuidado com a vida da juventude, ao modo de Jesus de Nazaré, e do processo de formação integral que desenvolvem com os/as sujeitos jovens. A Semana da Cidadania (SdC), a Semana do Estudante (SdE) e o Dia Nacional da Juventude (DNJ)são realizadas como um processo, por isso são organizadas a partir do planejamento das ações das Pastorais no ano e têm os/as jovens como protagonistas. Sendo que a partir de 2011, o DNJ é realizado em parceria com as diversas expressões de juventude da Igreja do Brasil.
 São realizadas em sintonia com a Campanha da Fraternidade, com o Documento 85 da CNBB – Evangelização da Juventude e com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil.
Para o triênio 2012-2014 as Atividades Permanentes terão como eixo norteador a expressão: A defesa da vida na construção da Civilização do Amor. Dialogando também com a Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens e com o Projeto de Revitalização da Pastoral Juvenil na América Latina.
Em 2013, ano que a Igreja celebra os 50 anos de abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e o Ano da Fé e ainda no Brasil teremos um ano voltado para a temática juvenil, com a realização da Campanha da Fraternidade sobre juventude e a JMJ no Brasil, sendo assim não nos faltam razões para caminhar juntos.
Dentro da ação pastoral com jovens no Brasil e na América Latina o caminho nos direciona para o lugar bíblico de Betânia, lugar de acolhimento e compromisso com o Reino e é com esta certeza que procuramos nas Atividades Permanentes deste ano várias formas de estar com Jesus, de caminhar com Ele na construção do Reino. Neste caso, encontrar e caminhar com Ele é também encontrar com a comunidade, com o grupo, com a família, com a cultura, com a religião, com as dores do povo, do planeta, com as lutas, as conquistas e os sonhos dos/as jovens.
Autor/Fonte: Pastorais da Juventude do Brasil
Irmãos e irmãs das CEBs, companheiros/as da luta.

Vamos anunciar sobre os telhados o que temos conversado entre quatro paredes, espraiando por toda parte esse evento que quer ser parte do esforço de luta por UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL!O tema da 5ª SSB tem tudo a ver com o III Fórum da Igualdade.
E o III Fórum da Igualdade é um contraponto ao 26° Fórum da Liberdade. Este acontecerá nos dias 08 e 09 de abril, no Centro de Eventos da PUCRS, com abordagens sobre empreendedorismo, liberdade de imprensa, segurança pública, educação, protecionismo, gasto público e infraestrutura.

Contra a ditadura do capital/Mercado e o Estado mínimo, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) defende um Estado encharcado de participação popular capaz de fazer valer os direitos dos trabalhadores e de toda a população.
Entre as novidades do 26º Fórum da Liberdade está a organização da mostra “Cidade Sem Impostos”, onde estará representado o que poderíamos adquirir com menos tributos sobre os produtos. O que está por trás deste discurso? Quais os interesses reais em jogo?

A Radicalização da Democracia é um tema que deve atravessar transversalmente todos os debates. Democracia substantiva, popular, que exige outro Estado e cobra uma tarefa intransferível do povo. Aprofundar a necessidade de um efetivo poder popular, fundado numa nova compreensão política e nova prática política, que rompa com o paternalismo, o clientelismo e provoque a participação popular.

O III Fórum tem centralidade na temática do Estado e do resgate do primado da política: Que política? Contrapondo-se ao 26º Fórum da Liberdade, que tem como lema “O que se vê e o que não se vê”, a CMS optou pelo lema “Só não vê quem não quer” a partir da compreensão de que não há liberdade sem igualdade.
Não vamos esquecer o nosso encontro estadual das Pastorais Sociais.

Abraços com afeto e boa luta.Waldir José Bohn Gass