quarta-feira, 2 de abril de 2014

Ditadura Nunca Mais: Lembrar para nunca mais acontecer.








"A esperança dos prisioneiros políticos repousa na Igreja, a única instituição brasileira que não esta sobre o controle do estado militar. A sua missão é preservar e promover a dignidade do homem. Onde ha um homem que  sofre, lá sofre o Mestre. Chegou a hora de nossos Bispos dizerem basta a tortura e injustiça do regime, antes que seja tarde de mais. A Igreja não pode calar. Nós carregamos em nossos corpos as provas da tortura. Neste momento o silencio é uma omissão. Só a palavra é um risco, é sobre tudo um testemunho."

 [Frei Tito de Alencar Lima]

 
Ontem  dia 1° de Abril de 2014, foi uma data marcante pra nós Povo brasileiro. É o dia em que "descomemoramos" os 50 anos da instauração da ditadura militar no Brasil. 
E nesse período nos é devido fazer memória das ações das igrejas  Católicas e Protestantes durante os 21 anos de Regime Militar.

O período de vigência do regime militar (1964-1985) representou um dos momentos mais dramáticos da história do país no que se refere ao desrespeito e à violência contra os direitos do cidadão. Depois de assumirem o poder por meio de um golpe de Estado, os militares consolidaram um regime político ditatorial, que reprimiu violentamente os movimentos trabalhistas e os grupos de oposição.



 









Foi nesta conjuntura que a Igreja católica assumiu um papel de destaque na luta contra a repressão e a tortura e na defesa dos direitos humanos, transformando-se na mais importante instituição de oposição à ditadura militar. Foi nessa conjuntura também que pipocaram, em todo o país, pequenas comunidades [CEBs] ligadas principalmente à Igreja católica, que querendo ou não, contribuíram de diferentes maneiras para o processo de democratização. Começavam também a reivindicar pequenas melhorias nos bairros, mas, ao mesmo tempo, iniciavam uma caminhada para tomar consciência da situação social e política. Queriam a transformação da sociedade. As CEBs não tinham como missão "enfrentar" a ditadura militar. A proposta eclesial das CEBs era, em si mesma, incompatível com a doutrina de Segurança Nacional que inspirou a chamada ditadura. Na prática das CEBs, o conflito era inevitável. Elas abriram suas portas para esconder militantes perseguidos pelo regime, organizaram o povo, e sairam as ruas pela democrácia no país.

 

Para ajudar a fazer memória desse periodo seguem abaixo alguns links de artigos e videos sobre o papel das Igrejas durante a Ditadura.





Ditadura militar: O papel da Igreja católica




Um olhar franciscano: 50 anos do Golpe Militar

Golpe Militar. "Erro Histórico", diz CNBB 

CIA financiou Igreja em marchas pró-golpe militar

 Celebração em homenagem à memória de frei Tito

 Acervo de Dom Hélder Câmara também é reflexão sobre ditadura.


Nenhum comentário:

Postar um comentário