quinta-feira, 6 de março de 2014

Depoimentos sobre a 37° Romaria da Terra e do 9° Acampamento da Juventude...





 

Retornando do Acampamento da Juventude - 37ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul. Cansaço,
 coração cheio de boas energias e muita luta e muito amor para seguir sempre avante e à esquerda!
Ê lindeza reencontrar a companheirada!
Ê lindeza celebrar a Vida e caminhada de nossa juventude's!
Ê lindeza ser povo em caminhada!
Sigamos em luta, em marcha, em mutirão, construindo a tão sonhada (e possível!) Civilização do Amor! 
[Franciele Garcia- Arquidiocese de Pelotas]





“Salve, salve a caminhada
Salve, salve a Romaria
Em busca da nova aurora de um novo dia”

  O que dizer de um lugar que inspira, fortalece a luta e reafirma nossas opções?
Sem dúvida alguma, vivenciar mais uma Romaria da Terra foi provar dos sinais do Reino!
Estar junto às juventudes que comungam de uma causa nobre, a construção do outro mundo possível, no Acampamento da Juventude, fortaleceu em mim e em muit@s a opção radical pelo seguimento de Jesus, que é estar e se fazer pobre, junto aos que necessitam de terra, de pão, de comunhão, partilha e resistência.

As Romarias são o espaço que animam a caminhada de um povo humilde, de luta, explorado e trabalhador. É religiosidade popular e com ela não se brinca!

Uma coisa que pra mim ficou muito forte, tanto no Acampamento quanto na Romaria, ambos em chão sagrado de um assentamento da reforma agrária no Rio Grande do Sul, é que nós e nem ninguém, têm o direito de esquecer, de negar e de não contar a História.
Os movimentos sociais só são o que são porque tiveram historicamente, e bebendo da fonte, a presença firme e determinante da Igreja Latinoamericana, Igreja CEBs, da Teologia da Libertação; e essa Igreja só é o que é, porque esteve nesse espaço. Reconhecer a contribuição mútua que ambos partilharam e partilham, é gestar muitos anos de profecia, de libertação do povo oprimido e excluído. Se os movimentos perdem a dimensão da mística, sinal mais “visível” da fonte original, estão condicionados a morrer (talvez não enquanto “estrutura”, mas enquanto coerência e proposta que apresentam); se a Igreja deixa de estar nesse meio, ela perde a profecia e se torna incoerente ao Evangelho. O Anel de Tucum, herança da Igreja Latina pé no chão e viva, arde no dedo diante dessa possibilidade.
Aí, as opções entram em crise, e corremos um sério risco de não sermos dignos da finalidade que assumimos construir. Devemos reconhecer que o caminho é longo ainda, que não é fácil viver essas opções e nem se manter nessa contribuição mútua, que há muitas coisas a serem superadas... Mas é chegado o tempo de Quaresma!
Seguimos comungando dessa utopia!
[Aline Ogliare- Diocese de Chapecó]





Acabo de chegar do assentamento Lagoa do Junco em Tapes, as margens da Laguna dos Patos. A partir deste feriado o assentamento passa a se chamar Hugo Chavez, comandante da revolução venezuelana que visitou o acampamento em 2005 e firmou convênio com o MST para a formação de uma escola de agroecologia, o comandante fez questão de ver com os próprios olhos a possibilidade de uma produção de arroz limpa, sem veneno e em larga escala. Grande Homenagem no dia que Chavez completaria 60 anos e um ano depois de sua morte.
Terra pra quem nela quer trabalhar é urgente, para o agricultor e para o Brasil, para gerar emprego, renda e alimento saudável, desenvolvendo o país. Reforma Agrária urgente e necessária.
Volto com a esperança renovada e com arroz sem veneno para a semana.

[Luan Badia- Movimento Juntos de Pelotas]







Quero agradecer por mais um acampamento da Juventudes, dentro da programação do 37ª Romaria da Terra. Muito obrigada tbm as Juventudes que se fizeram presentes neste rico encontro. Onde revemos amigos, conhecemos novas pessoas, espaço que temos partilhar aquilo que acreditamos, e poder colocar em pratica a sociedade que vamos construindo aos poucos, onde as mulheres não precisam usar sutiã, onde as pessoas possam se olhar nos olhos, que possamos dividir nossa comida, nosso espaço de dormir, onde podemos dividir risadas gostosas junto á luz da Lua, dançar e cantar um mundo sem violência, sem classes sociais, sem escravidão. Obrigada por reacender em mim este mundo tão sonhado.
[Regina Rodrigues- Vicariato de Porto Alegre]




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